Reabilitação Física,
Cognitiva e Psicológica

Sindrome de Burnout

Porque estamos tão cansados?

O termo burnout é definido, segundo um jargão inglês, como aquilo que deixou de funcionar por absoluta falta de energia. Metaforicamente é aquilo, ou aquele, que chegou ao seu limite, com grande prejuízo em seu desempenho físico ou mental (OPAS, 2020).

A síndrome de burnout é um processo iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse (tensão) no trabalho.

“Há sintomas que podem lhe ajudar a perceber o início desta síndrome, por exemplo a fadiga e cansaço constante, distúrbio do sono, dor muscular e de cabeça, irritabilidade e alterações de humor, falha de memória e atenção, baixa autoestima e depressão.”
Psicóloga Camila Morassi

O burnout, foi reconhecido como um risco ocupacional para profissões que envolvem cuidados com saúde, educação e serviços que envolve o cuidado de pessoas, por exemplo , os profissionais da saúde (OMS, 1998).

Para o diagnóstico, existem quatro concepções teóricas baseadas na possível etiologia da síndrome: clínica, sociopsicológica, organizacional, sociohistórica (Murofuse et al., 2005).


A mais utilizada nos estudos atuais é a concepção sociopsicológica. Nela, as características individuais associadas às do ambiente e às do trabalho propiciariam o aparecimento dos fatores multidimensionais da síndrome: exaustão emocional (EE), distanciamento afetivo (despersonalização – DE), baixa realização profissional (RP) (OMS, 1998).

A exaustão emocional abrange sentimentos de desesperança, solidão, depressão, raiva, impaciência, irritabilidade, tensão, diminuição de empatia; sensação de baixa energia, fraqueza, preocupação; aumento da suscetibilidade para doenças, cefaléias, náuseas, tensão muscular, dor lombar ou cervical, distúrbios do sono (TRIGO et al, 2007).

O distanciamento afetivo provoca a sensação de alienação em relação aos outros, sendo a presença destes muitas vezes desagradável e não desejada.

Já a baixa realização profissional ou baixa satisfação com o trabalho pode ser descrita como uma sensação de que muito pouco tem sido alcançado e o que é realizado não tem valor.

No Brasil, o Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, aprovou o Regulamento da Previdência Social e, em seu Anexo II, trata dos Agentes Patogênicos causadores de Doenças Profissionais. O item XII da tabela de Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados com o Trabalho (Grupo V da Classificação Internacional das Doenças – CID-10) cita a “Sensação de Estar Acabado” (“Síndrome de Burnout”, “Síndrome do Esgotamento Profissional”) como sinônimos do burnout, que, na CID-10, recebe o código Z73.0.

Referencias Bibliográficas

• Murofuse, N.T.; Abranches, S.S.; Napoleão, A.A. – Reflexões sobre estresse e Burnout e a relação com a enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem 13: 255-261, 2005.
• OMS. World Health Organization, 1998. Disponível em: https://www.who.int/ .
OPAS. Burnout e um fenômeno ocupacional. Organização Pan Americana de Saude. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.phpoption=com_content&view=article&id=5949:cid-burnout-e-um-fenomeno-ocupacional&Itemid=875. Acesso em 10 de agosto de 2020.
• TRIGO, Telma Ramos; TENG, Chei Tung; HALLAK, Jaime Eduardo Cecílio. Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo , v. 34, n. 5, p. 223-233, 2007.

Sobre o Autor

Camila Morassi
Psicóloga especialista em Neuropsicologia, Psicologia hospitalar e Terapia Cognitivo Comportamental.
CRP 06/74675
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