Reabilitação Física,
Cognitiva e Psicológica

SARCOPENIA: Perda generalizada da força e massa muscular

A Sarcopenia é definida como uma síndrome geriátrica complexa, caracterizada pela perda progressiva e generalizada da massa e função muscular. Com o avançar da idade há um declínio das reservas fisiológicas, como a diminuição da massa magra e da força muscular, (cerca de 1% a 2% de massa muscular esquelética e de 1,5% a 5% de força muscular ao ano) geralmente após aos 30 anos.

Portanto este fenômeno é considerado um forte preditor de desfechos adversos à saúde da população idosa, como por exemplo a incapacidade funcional.

Esta perda muscular está associada a maior incidência de disfunções importantes entre os indivíduos com mais de 60 anos o motivo multifatorial, envolve o próprio processo de envelhecimento, entretanto, estilo de vida sedentário, uma dieta inadequada e múltiplas doenças crônicas, como por exemplo, Diabetes tipo II (DM2) e Obesidade, também precisam ser levados em consideração, pois a desregulação metabólica associada à obesidade e ao Diabetes também pode acelerar a progressão da sarcopenia.

São situações que podem acarretar alterações das vias sensoriais e motoras, resposta neuromuscular anormal a distúrbios posturais, contribuindo para modificar o equilíbrio estático e dinâmico. Com isso, tanto os estímulos de contração, quanto a própria motivação para os estímulos, podem declinar, contribuindo para o processo sarcopênico.

“Porém o sedentarismo, tem sido um dos grandes vilões e responsável pela redução da força e da resistência muscular do que o próprio processo de envelhecimento.”

Entre os principais sistemas que sofrem influencia do processo de envelhecimento, podemos falar sobre o sistema muscular, o sistema cardiorrespiratório e o sistema nervoso, todos eles, influenciam no processo de Sarcopenia. Ao sistema muscular empregaremos o trabalho de força e flexibilidade, utilizando-se de um leque gigantesco de possibilidades de trabalho como exercícios resistidos nas suas mais variadas possibilidades e os alongamentos musculares. Ao sistema Cardiorrespiratório, trabalharemos a capacidade Aeróbica, também utilizando todos os recursos existentes como, caminhar, correr, pedalar, nadar, entre outros. Já ao sistema nervoso, trabalharemos as capacidades neuromotoras, como agilidade, coordenação, tempo de reação, equilíbrio e propriocepção.

O fato é que a atividade física associado um programa de treinamento bem planejado, pode resultar em aumentos significativos na massa muscular, na hipertrofia das fibras musculares, na síntese de proteína, na densidade óssea e na potencialização do rendimento das atividades relacionadas a força. Assim teremos um cenário positivo, tanto na estrutura, quanto nas funções que os músculos podem e devem desenvolver.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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  5. Teixeira, L. Atividade Física Adaptada e Saúde: da teoria à prática. Phorte ed. . São Paulo, 2008.

Sobre o Autor

João Ricardo do Carmo Silva
Educador Físico formado pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).
CREF 043063-sp/g
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